22 de abril de 2025

O paradoxo do mercado de trabalho: privado x público

Conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho nunca foi tarefa fácil, mas nos últimos anos, as exigências parecem ter atingido um novo patamar. Empresas pedem anos de experiência para vagas júnior, múltiplas certificações, domínio de idiomas e um verdadeiro teste de resistência em processos seletivos que envolvem inúmeras etapas. Ainda assim, mesmo o profissional mais qualificado pode ser descartado por um detalhe mínimo. Enquanto isso, na esfera política, assistimos à ascensão de pessoas totalmente despreparadas a cargos estratégicos e altamente remunerados.

Recentemente li uma reportagem, onde Álvaro Lira, filho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, foi nomeado gestor administrativo da Barra de São Miguel, em Alagoas, com apenas 18 anos e um salário inicial de R$ 8 mil. Um jovem sem experiência profissional significativa, mas que, pelo sobrenome, já ocupa um cargo de liderança e recebe uma remuneração muito acima da média dos brasileiros. Isso é apenas um dos muitos casos que vemos.

Enquanto um trabalhador comum precisa se desdobrar para atender a uma lista interminável de exigências e ainda assim enfrenta dificuldades para conseguir um salário digno.

O problema vai além da nomeação de um jovem sem experiência. Trata-se de uma desigualdade sem tamanho, onde o mérito é cada vez mais cobrado do trabalhador, mas amplamente ignorado na administração pública.

Essa realidade evidencia a necessidade de questionarmos o sistema e cobrarmos mais transparência e justiça tanto no setor público quanto no privado. O mérito deve ser valorizado em todas as esferas e não apenas como um critério seletivo para aqueles que não possuem influência política. Do contrário, continuaremos assistindo ao paradoxo de um mercado de trabalho que exige demais de uns, enquanto outros simplesmente herdam suas posições.


Ser PJ não é ausência de vínculo

Ainda é comum encontrar empresas receosas ao contratar um profissional PJ. E eu entendo. Existe o medo de um possível processo trabalhista, a insegurança jurídica, a dúvida sobre a dedicação. Mas é importante olhar para além do formato contratual e enxergar a essência da relação profissional.

Ser PJ, pra mim, não é só uma questão de formalidade fiscal. É uma escolha consciente de uma gestão da própria carreira, com responsabilidade, organização e clareza sobre o valor que entrega.

O comprometimento não vem da carteira assinada, vem do propósito, da ética e do alinhamento entre as partes. Vem da escuta, da confiança construída no dia a dia e da entrega que fala por si.

Como PJ, eu continuo sendo alguém que veste a camisa dos projetos em que acredito. Sou a que participa, contribui, se envolve. Que entende que o sucesso de uma parceria está mais na comunicação transparente do que no modelo contratual.

Empresas que olham além da forma e investem na relação colhem times mais engajados, mais estratégicos e, acima de tudo, mais humanos.

E é exatamente essa entrega que você pode esperar de mim: presença, responsabilidade e construção conjunta, sendo PJ ou sendo CLT.

Gerenciamento de Crises: Lições de um Episódio Real

No universo corporativo e operacional, crises podem surgir a qualquer momento, e a forma como lidamos com elas pode definir os rumos de uma empresa, de uma carreira e, muitas vezes, impactar vidas. No dia 24 de janeiro, um amigo me enviou um vídeo (link: https://l1nq.com/sCB7C) sobre o acidente que vitimou o filho do até então governador de São Paulo e mais alguns colegas, as questões ali abordadas, deixo para vocês tirarem as próprias conclusões, meu intuito aqui nesse artigo e falar sobre Gerenciamento de Crises. Esse episódio, que comoveu o país, me trouxe à memória um período marcante da minha trajetória profissional.

Em 2015, eu trabalhava no marketing na empresa de onde o helicóptero decolou e onde também foi feita a manutenção da aeronave. Foi nesse ambiente que adquiri um vasto conhecimento sobre gerenciamento de crises, vivenciando de perto como situações críticas exigem preparo, transparência e ações rápidas e assertivas. A forma como o Helipark lidou com a situação foi um exemplo de profissionalismo, reforçando a importância da comunicação eficaz em momentos delicados.

Uma crise, especialmente em setores sensíveis como a aviação, exige uma resposta imediata e estruturada. O primeiro grande aprendizado foi a importância da comunicação. Informar corretamente os envolvidos, gerir a exposição da empresa e, ao mesmo tempo, respeitar a dor das famílias e a investigação oficial são desafios enormes. Nesse contexto, o Helipark demonstrou um compromisso inabalável com a transparência e a responsabilidade, fortalecendo sua reputação e profissionalismo diante do ocorrido.

Outro ponto essencial é a prevenção. Uma boa gestão de crise começa antes mesmo que ela ocorra. Ter protocolos claros, equipes treinadas e uma cultura organizacional baseada na segurança e na transparência são fatores que minimizam os impactos de situações adversas.

O que aprendi nesse período se mostrou útil não apenas no setor aeronáutico, mas também em outras áreas.

Planejamento, rapidez na tomada de decisão e gestão de informações são cruciais para manter a credibilidade e evitar danos maiores.

O gerenciamento de crises é uma competência fundamental para profissionais e empresas. Estar preparado para o inesperado faz toda a diferença na maneira como uma situação adversa é contornada e superada. Esse aprendizado, adquirido em um momento de grande impacto, continua a influenciar minha jornada profissional e a forma como enxergo a importância da prevenção, comunicação e gestão de crises.


O que aprendi desenvolvendo planejamentos estratégicos mesmo sem garantia de contrato


Já desenvolvi planejamentos de marketing completos, estruturados, com objetivos SMART, funil de relacionamento, calendário de conteúdo, estudo de persona e análise de concorrência… para empresas que não chegaram a me contratar.

Não foi por falta de preparo. Não foi por falta de entrega. E, sinceramente? Também não foi perda de tempo. Porque cada plano criado me ensinou mais do que qualquer processo seletivo:

- A pensar com profundidade mesmo sem briefing claro;

- A estruturar ideias que fazem sentido tanto no papel quanto na prática;

- A me posicionar como profissional de marketing com visão estratégica e olhar humano;

- E principalmente, a respeitar meu próprio método mesmo que ninguém veja de imediato.

Eu poderia publicar esses planejamentos? Não. Por ética e responsabilidade com os dados envolvidos, não compartilho esse conteúdo abertamente. Mas posso afirmar com segurança: eles existem. E compõem um portfólio que, embora reservado, carrega toda a minha bagagem, experiência e propósito.

Planejar é minha zona de criação. É onde conecto dados e pessoas, marcas e emoções, ações e resultados. É onde traduzo o invisível em algo concreto.

Planejamento estratégico é mais do que metas e números, é sobre visão, sensibilidade e alinhamento real com o que importa.

Quem sabe esse artigo não é o ponto de partida para o nosso próximo projeto?


Philip Kotler: O Pioneiro do Marketing Responsável e Humanizado

  Philip Kotler, reconhecido como o "pai do marketing moderno", desempenhou um papel fundamental na construção do que entendemos h...