16 de junho de 2025

Philip Kotler: O Pioneiro do Marketing Responsável e Humanizado

 Philip Kotler, reconhecido como o "pai do marketing moderno", desempenhou um papel fundamental na construção do que entendemos hoje por marketing estratégico. Ao longo de sua carreira, Kotler revolucionou a forma como as empresas se relacionam com seus consumidores, moldando o marketing como uma disciplina que vai além da simples troca comercial. Seu trabalho influenciou não apenas os profissionais da área, mas também gerou reflexões profundas sobre o papel das marcas na sociedade.

À medida que o marketing evolui, novas demandas surgem, e o campo se adapta aos tempos. Hoje, vemos uma ênfase crescente no marketing humanizado e responsável, que coloca a ética, a empatia e a responsabilidade social no centro das estratégias de marca. Embora essas sejam questões emergentes no cenário atual, muitos dos princípios que sustentam o marketing humanizado já estavam presentes no trabalho visionário de Kotler.

Desde os primeiros trabalhos de Kotler, a noção de que o marketing não deveria se limitar a transações comerciais, mas sim ser visto como um meio para construir relações duradouras com os consumidores, foi um dos pilares centrais de suas teorias. Ele defendeu a ideia de que as empresas não devem apenas vender produtos, mas estabelecer conexões significativas com as pessoas. O marketing, para ele, deveria ser uma disciplina voltada para atender às necessidades e desejos do consumidor de forma genuína e contínua.

Esse conceito ressoa diretamente com o marketing humanizado, que coloca a relação humana no centro das estratégias de marca.

O marketing não pode mais ser visto como uma técnica de venda impessoal; ele deve ser uma troca emocional e significativa.

Quando uma marca se preocupa com o bem-estar do consumidor, trata-o como um indivíduo e não como um mero alvo de vendas, ela constrói um vínculo mais profundo e duradouro, que vai além da transação comercial. E essa visão de Kotler, que há décadas sugeria o relacionamento como um objetivo central do marketing, encontra um eco claro naquilo que o marketing humanizado busca realizar hoje.

Transformar, conectar, inspirar e… humanizar cada vez mais! Estas palavras capturam perfeitamente o espírito do marketing atual, onde a verdadeira inovação não vem apenas da tecnologia, mas da capacidade de construir laços emocionais e genuínos entre as marcas e os consumidores e a transformação, onde o marketing deveria ser, antes de tudo, uma forma de humanizar a relação com o público.

Kotler já previa o movimento do marketing H2H, onde a conexão real entre marca e consumidor se torna o verdadeiro diferencial. A ideia de que o marketing deve ser uma interação genuína, não apenas transacional, está cada vez mais presente nas marcas que buscam construir laços profundos com seus públicos. O marketing H2H é, portanto, a evolução natural das teorias de Kotler no cenário atual, em que as marcas não são apenas fornecedoras de produtos, mas se tornam conversadoras e transformadoras sociais.

Além disso, Kotler sempre foi um defensor do marketing socialmente responsável. Em seus escritos, ele destacou a importância de as empresas se envolverem com questões sociais e ambientais, não apenas como uma forma de melhorar a imagem, mas como uma verdadeira missão. O conceito de responsabilidade social no marketing, exposto em obras como Marketing 3.0 e Marketing 4.0, estabelece que as marcas devem se preocupar não apenas com o lucro, mas também com o impacto de suas ações no mundo. Kotler acreditava que, em um mundo cada vez mais conectado e exigente, os consumidores estavam buscando mais do que produtos; eles queriam marcas que compartilhassem seus valores e contribuíssem de forma significativa para causas sociais e ambientais.

O marketing responsável, portanto, se torna uma extensão natural da filosofia de Kotler. Para ele, a responsabilidade social não era apenas uma obrigação, mas uma oportunidade para as marcas se conectarem com seus públicos de maneira mais autêntica e verdadeira. Marcas que demonstram transparência, ética e cuidado genuíno são aquelas que ganham a confiança de seus consumidores, refletindo um marketing não apenas eficaz, mas também transformador e ético.

Kotler sempre acreditou que o marketing deveria ser voltado para as necessidades individuais dos consumidores. Hoje, tecnologias como a inteligência artificial oferecem novas oportunidades para criar experiências personalizadas e humanizadas, permitindo uma conexão mais profunda com cada pessoa. Contudo, o verdadeiro desafio está em equilibrar a eficiência dessas tecnologias com a humanização das interações, algo que Kotler já via como essencial para as marcas que buscam criar relações autênticas e duradouras com seus públicos.

Em um mundo cada vez mais digital, a tecnologia não precisa significar distanciamento emocional. Ao contrário, ela pode ser uma poderosa aliada na construção de experiências empáticas. Ferramentas digitais e plataformas estão, cada vez mais, utilizando a tecnologia para promover interações mais calorosas e rápidas, sempre com foco no bem-estar do consumidor. Kotler já enfatizava que o marketing digital deveria ser uma ponte para aproximar as marcas das pessoas, não afastá-las, algo que reflete a evolução do marketing humanizado no contexto digital.

Em todos esses aspectos, vemos como as ideias de Philip Kotler continuam a ser fundamentais para o marketing contemporâneo. Ele foi um dos primeiros a perceber que o marketing não é apenas uma ferramenta de vendas, mas uma prática estratégica que pode, e deve, ser utilizada para criar um impacto positivo na sociedade. Seu trabalho deixou claro que as marcas devem ser mais do que apenas empresas que buscam lucro; elas devem ser agentes de transformação, responsáveis por melhorar o mundo e as vidas de seus consumidores.

Fonte de inspiração do artigo: Marketing humanizado: uma tendência que ganha força em 2025 • ESPM

13 de junho de 2025

Vendas que escutam: o que aprendi sobre cuidado atendendo o público 60+

 Esses dias, me peguei lembrando de uma fase da minha trajetória profissional: a época em que atuei na área de relacionamento com o cliente no Sam’s Club. Foi um daqueles momentos em que a prática cotidiana ensina mais que qualquer teoria e que mesmo um tempo depois, ainda ecoa com força nas minhas reflexões sobre atendimento, vendas e marketing.

Naquele cenário, meu papel era apresentar os benefícios do clube e converter visitantes em sócios. Meus colegas faziam várias vendas por hora, com foco em volume e agilidade e essa também era uma forma válida de vender. Eu, seguia outro caminho: costumava fechar uma única adesão em uma hora (ou até mais). Por muito tempo, me perguntei se isso era um problema. Mas, com o tempo, percebi que estava apenas adotando um ritmo diferente, alinhado ao perfil do público e à forma como eu enxergava o relacionamento com o cliente: com tempo, escuta e presença.

O público com o qual eu mais interagia era majoritariamente composto por pessoas com mais de 60 anos, um grupo que, muitas vezes, não quer apenas ouvir vantagens, mas precisa de atenção, escuta, paciência. E foi oferecendo isso que encontrei minha forma de vender.

Não havia pitch pronto ou abordagem acelerada. Havia conversa. Olho no olho. Eu entendia que, para aquelas pessoas, ser ouvida já era uma experiência diferenciada.

A confiança construída naquele espaço de escuta gerava mais do que uma venda: gerava vínculo. E vínculos vendem.

Essa experiência aconteceu ano passado, mas voltou à minha memória com força. Talvez porque, hoje, falamos tanto sobre marketing humanizado, customer centricity, construção de marca com propósito. Mas, na prática, ainda vemos muitas empresas priorizando números, metas e atalhos e negligenciando o que sustenta qualquer relacionamento de longo prazo: o cuidado.

É possível vender com pressa. Mas quando vendemos com presença, entregamos algo que vai além do produto. E isso, a longo prazo, faz toda a diferença.

Sobreviver ou pertencer? Sua alma também merece um bom lugar para trabalhar

 Outro dia, me deparei com uma frase que me paralisou por alguns segundos:

“Quando pedir um emprego, peça também: um lugar onde sua alma não precise morrer para seu corpo sobreviver.”

Quantas vezes a gente se acostuma a sobreviver? Acordar cedo, cumprir prazos, engolir sapos, deixar de lado o que sente… tudo em nome de um salário no fim do mês. E aos poucos, sem perceber, o corpo continua presente mas a alma vai ficando pra trás.

Isso não é só sobre um “trabalho ruim”. É sobre culturas que adoecem. É sobre ambientes onde não há escuta, pertencimento, propósito, ou mesmo um mínimo de humanidade.

E não, isso não é frescura. É sobre saúde mental, produtividade real, inovação e, principalmente, respeito.

Como especialista em marketing humanizado e cultura organizacional, posso afirmar:

Não basta reter talentos. É preciso fazer com que eles queiram ficar.

Quando uma empresa entende que o colaborador é, antes de tudo, uma pessoa, tudo muda: A comunicação interna se torna mais empática. Os líderes se tornam mais humanos. As equipes se tornam mais engajadas. E o resultado aparece no coletivo.

Da próxima vez que você for procurar um emprego, lembre-se disso: Você merece mais do que sobreviver, você merece pertencer.

Empresas que entendem isso não apenas contratam. Elas acolhem. Elas inspiram. Elas transformam.

Philip Kotler: O Pioneiro do Marketing Responsável e Humanizado

  Philip Kotler, reconhecido como o "pai do marketing moderno", desempenhou um papel fundamental na construção do que entendemos h...