Uma campanha simples da Chanel no Dia das Mães mostra como o afeto pode ressignificar até os ícones mais sofisticados do mercado.
No mundo do marketing de luxo, cada detalhe visual costuma ser pensado para transmitir excelência, status e sofisticação. Mas e quando uma marca como a Chanel decide substituir sua estética refinada por um desenho infantil?
Foi exatamente isso que a marca fez em uma ação de Dia das Mães (o dia foi ontem mas tá valendo a reflexão). Em vez da tradicional imagem do perfume Gabrielle Chanel Essence, o que apareceu nas ruas foi uma ilustração feita por uma criança "filho de um funcionário da empresa em um dia de visita na fábrica": traços descompassados, colorido irregular e um charme inegavelmente afetuoso. Abaixo, o nome CHANEL permanecia intacto mas tudo o resto conta uma nova história.
Essa escolha simples é, na verdade, uma poderosa estratégia de marketing humanizado. A mensagem é clara: mais do que vender um produto, queremos lembrar você do carinho, da inocência e da lembrança de um presente feito com amor.
Vivemos a era da humanização das marcas. Já não basta ser visto; é preciso ser sentido. E campanhas como essa mostram que o luxo também pode e deve abrir espaço para o afeto.
O frasco desenhado nos remete a uma época em que o presente do Dia das Mães era um cartão feito com papel colorido e muito amor. Ao associar esse sentimento ao seu perfume, a Chanel transforma seu produto em algo além do consumo: ele se torna memória, valor emocional, conexão.
Se grandes marcas globais estão abrindo espaço para a emoção e a imperfeição, esse também é o momento ideal para negócios locais e marcas pessoais fazerem o mesmo.
Você não precisa ter uma Chanel para emocionar. Pode começar valorizando a história da sua marca, mostrando os bastidores, usando elementos feitos à mão, destacando clientes reais, promovendo ações com propósito.
Quando marcas humanizam seus símbolos, elas não estão enfraquecendo sua imagem. Estão ampliando seu impacto. A Chanel provou que o luxo não está apenas na estética perfeita, mas também na emoção que ela desperta.
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